Fui convidado para ir nessa emissão e fiquei todo contente quando soube que outro dos convidados era o António Feio. Eu era um grande fã e ia ter a oportunidade de partilhar o mesmo palco que ele.
Como sempre, todos os convidados encontraram-se à tarde no teatro, para preparar as actuações e fazer o ensaio geral.
Fiquei deveras surpreendido pela simplicidade e humildade do António Feio, estava ali um veterano do humor nacional entre alguns “projectos” a humoristas e ele esteve ali como se estivesse com colegas de longa data.
No final do ensaio o António Feio perguntou-me:
“- Quem é que escreveu o teu texto?”
“- fui eu…” Respondi, receoso…
“- Parabéns! Está muito giro!”
Subi aos céus!
O António Feio tinha gostado do meu texto!!
Não foi alguém na rua que o disse, não foi um amigo do café, foi o António Feio!
Devo ter inchado uns 10 cm!
Fomos todos jantar, depois do jantar esperar pelo espectáculo e as conversas foram-se sucedendo.
Depois do espectáculo, que acabou pelas 2h30 da manhã, foi a equipa toda para o hotel.
Alguns de nós sentamo-nos nos sofás do átrio do hotel, pedimos umas cervejas e o António Feio juntou-se a nós… ficamos ali a beber as cervejas e a beber as palavras do António Feio que nos ia passando as suas experiências as suas convicções, sempre com muita simplicidade, num tu cá tu lá, que me fascinou e me marcou pela positiva.
A conversa durou até já ser dia, já passava das 7h da manhã quando todos nós nos fomos deitar.
Nunca mais estive com o António Feio e nunca mais estarei, mas eu que era um fã do seu trabalho a partir desse dia, tornei-me fã do homem.
Obrigado António Feio.
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